
“Paz, amor, união e diversão”, essa é a  proposta do livro Hip Hop – A Cultura Marginal, que é, o tempo todo,  fiel a história do hip hop no Brasil e no mundo.
Com uma linguagem jornalística das grandes reportagens, clara, doce,  dinâmica, eficiente, coloquial e informativa, marcada por histórias  singulares com uma riqueza de dados surpreendente.
Definitivamente é um livro que traz o retrato de uma cultura urbana,  emergente das classes populares das metrópoles.
Uma verdadeira aula de hip hop, que já começa no título, nos fazendo  questionar, que cultura é essa? Que marginal é esse?
É um livro gostoso de ler, com conteúdos específicos, poesias, histórias  e curiosidades únicas. Um material que é com certeza um registro  histórico-cultural, daquele que é o maior movimento social dos últimos  30 anos. Esta obra, contribui, inegavelmente para dar mais visibilidade a  uma cultura que carrega em sua face, o olhar do preconceito, da  ignorância, da desigualdade e da exclusão a partir daqueles que  desconhecem, rotulam ou ignoram.
Afirmo que é louvável a produção das jornalistas que se lançaram a campo  para registrar a voz de um movimento, ritmo e cultura, certificando que  mesmo numa forma de deficiência a universidade ainda forma seres  pensantes, que estão à frente na análise das manifestações culturais e  fenômenos sociais, muito antes do que qualquer meio de comunicação.
Elas dizem assim, no capítulo inicial: “Vem ardendo, sangrando e  machucando. É o berro que emana dos morros, guetos e favelas. Vem dos  locais mais pobres, o grito desesperado de quem vem da periferia. Chega  ao asfalto carregado de protesto, indignação, carência, vontade, luta e  marginalidade”.
Para adentrar no mundo do hip hop e conhecer faces totalmente  desconhecidas ou ignoradas da hiphoptude, o livro Hip Hop – A Cultura  Marginal é um bom começo.
Escrito por Jéssica Balbino e Anita Motta
Baixar: http://www.overmundo.com.br/banco/hip-hop-a-cultura-marginal